quinta-feira, 31 de março de 2011

Tempos de crise

O futebol paraense realmente não anda bem das pernas. Depois de ficar num empate de 0 com o Bahia, o Paysandu vai ter que rebolar para conseguir quebrar a praga de nunca ter passado para a segunda fase da Coa do Brasil. Até onde vai a fase ruim dos clubes locais? 

O Clube do Remo nem se fala! Tem que levar o segundo turno se quiser entrar na série D e levar a taça do Parazão para voltar ao torneio nacional que o rival disputa no momento. A maré não está boa. Pra completar, Belém ainda perde a Copa para Manaus...
Acho que estamos chegando ao limite de nossa maré de azar. O que será que ainda falta? 

Não sei, só sei que nesta sexta (01/04) o Iron Maiden vai desfilar os clássicos do Heavy Metal na nossa terrinha, finalmente!
E como este que ovos escreve estará presente, prometo fazer um relato digno de um fiel amante do rock.

Até lá!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Até onde vai a proteção e começa a invasão?

Dia desses, passeando pelo centro comercial de Belém, resolvi esticar até a matriz das lojas Yamada, o maior grupo varejista do norte. Como sempre faço, passei pelos diversos setores da loja e, quando bate a fome estico um pequeno lanche - muito bom, por sinal -. Assim que termino me dirijo ao toilette para fazer a devida limpeza das mãos e rosto. 

Para minha surpresa, ao me dar de frente com a parede  lateral, e posteriormente em todas, vejo um pequeno cartaz que pedia encarecidamente aos clientes para manter o local limpo e conservado, pois o uso deste seria de todos os clientes. O problema é que no final do pequeno texto, surge uma frase avisando delicadamente que "você está sendo observado", dentro de um banheiro!

Não sei até onde vai a legalidade de tal atitude. Não sei também se apenas é caracterizado crime quando câmeras registram o box, onde certamente a intimidade pessoal é ainda maior. Talvez seja permitido filmar os corredores de um banheiro para evitar vandalismo ou outras coisas, mas o fato é que para os mais desavisados, a exposição vexatória se torna inevitável e ridúcula.

Lembro bem de quando os jornais noticiaram, em meados de 2010, que uma escola no Rio de Janeiro foi processada pela mãe de aluna, que desconfiou da vigilância e descobriu o equipamento. O caso foi parar na justiça e a OAB repudiou a atitude, afirmando que a conduta era caracterizada como crime.

Enfim, não sabemos se este aviso significa dizer que ali tem uma câmera gravando tudo o que se passa, ou simplesmente é um espaço democrático - e ponha democrático,  onde os seus frequentadores gostam de olhar uns aos outros. Por via das dúvidas, prefiro esperar um pouco mais até chegar em casa.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Belém e seus shoppings

A capital paraense vem experimentando um crescente avanço imobiliário jamais visto por qualquer geração ainda viva. Salvo o período da Belle Époque - onde os Barões exibiam todo luxo e pompa que os lucros da borracha trouxeram, e Belém viu surgir os casarões e prédios luxuosos, tal como Teatro da Paz, Grande Hotel e os inúmeros palacetes particulares -, não há nenhuma outra época que se compare com a vivida hoje. 

O chamado "boom" imobiliário é uma tendência em todo Brasil. As novas políticas de habitação deram o impulso necessário e as construtoras entraram fundo nesse mercado, altamente lucrativo, que não tem data para encerrar. Mas até onde isso traz benefício para as partes? Bem, certamente os atores principais não querem pagar para ver.

Além do setor de moradias, os grandes grupos investidores viram em Belém outro mercado lucrativo: os Shoppings Centers. São centros de compras geralmente destinados à um grupo social de melhor poder aquisitivo, mas que ultimamente tem aberto as portas para qualquer cidadão disposto gastar um pouquinho mais. 

Há muito tempo o tradicional Comércio já não é mais o principal corredor de compras da cidade, justamente por conta dos investimentos que aliam conforto, praticidade e um certo grau de exclusividade. Quanto aos preços, depois de conquistar o cliente pela beleza, o valor não importa tanto.

Essa visão de mercado teve início em 1993, com a inauguração do primeiro shopping center de Belém: o Castanheira, controlado pelo Grupo Líder, administrador de dezenas de supermercados e reconhecido como o maior grupo supermercadista do norte. Menos de um mês depois, no dia 27 de outubro, foi inaugurado o shopping Iguatemi Belém, fruto de uma sociedade entre investidores locais e o grupo Iguatemi, do ex-Senador cearense Tasso Jereissati. 

Além de serem os pioneiros deste novo mercado, estavam localizados há quilômetros de distância. O primeiro surgiu na entrada da cidade, agregando público de Ananindeua e bairros mais distantes, enquanto o segundo estava no centro da cidade, na charmosa Batista Campos. Já são 18 anos de sucesso absoluto, algumas reformas e até mudança de nome, mas acima de tudo o lucro tem sido extraordinário.

Imediatamente a população aderiu à moda. Rapidamente os shoppings se tornaram centros de compras, locais de encontros, balcão de negócios e até mesmo ringue de lutas para os playboys da cidade, num movimento desenfreado sem previsão de fim. Quanto mais o tempo passava, mais investimentos eram feitos para agregar novos serviços e valores aos investidores e clientes. Durante anos os dois jogaram tranqüilos. 

Ao final da década de 90 surge um novo concorrente que aparentava vir para acirrar a concorrência: o Doca Boulevard. Localizado na avenida mais emergente da cidade, a Visconde de Souza Franco, "Doca", o novo shopping trouxe cinema e muitos bares, até então não explorados pelos dois mais antigos. Porém, infelizmente a novidade não agradou. Poucas lojas, área de compras inferior aos demais e a arquitetura um tanto "pobre" fizeram com que este não suportasse a briga, mesmo estando numa área nobre. 

Em 2009, o grupo Aliansce e a construtora paraense Status, inauguraram, na mesma área do "finado" Doca Boulevard, o moderno e chique Boulevard Shopping, uma área de compras luxuosa voltado para as classes A e B. Atualmente são três shoppings na cidade e Belém parece suportar mais, por esse motivo os investimento não param. 

Grandes empresas de fora negociam com grupos locais e vários projetos já estão prontos, faltando apenas detalhes. Atualmente Belém aguarda mais três lançamentos: shopping Bosque Belém, na Avenida Independência; Parque Shopping e o Montenegro Shopping, ambos localizados na rodovia Augusto Montenegro. Os três aproveitaram o crescimento da cidade e compraram áreas estratégias que até então eram carentes de centros comerciais de grande porte.

Esses novos empreendimentos primam pela nova tendência, que é aliar compras, negócios e moradia, tornando essas áreas praticamente bairros, como o Bosque Belém planeja. Se estes forem concluídos, Belém terá nada menos do que seis grandes shoppings, para uma população de quase dois milhões de habitantes e grandes desigualdades sociais. Será que não é exagero?

Só para concluir, também existem projetos para o shopping do Grupo Yamada e IT Center, isso para ficar na capital. Recentemente se especulou a construção de "maaais" um shopping na área da antiga Cata, na Cidade Velha, também pelo grupo Jereissati, mas aparentemente já abortado. Pode ser que eles sejam os únicos a enxergar o risco de muita oferta e pouca demanda, todavia, geralmente os perdedores nessas horas já são conhecidos...

terça-feira, 8 de março de 2011

Mais uma vez a maré dita as regras!

Quando a prefeitura vai olhar seriamente para o problema das áreas que alagam com qualquer chuva? Na última maré alta o bairro da Cidade Velha novamente foi por água abaixo, literalmente! Uma avenida larga e espaçosa que foi para o fundo com a força da maré, onde o lixo do canal se mistura com a água da chuva, expondo os moradores à doenças perigosas. Se continuar assim, ano que vem estaremos passeando de bote pelas ruas do bairro.

2011 começa agora!

Já é tradição. Nos acostumamos a relacionar os períodos do ano através de datas comemorativas, ou seja, é aquela velha história de que "olha, eu entro de férias perto do Círio", que sempre ouvimos ou falamos para lembrar de algum compromisso, seja ele relacionado ao trabalho ou a vadiagem.


Para a trizteza de muitos, o carnaval está acabando e é a hora de voltar à realidade. Isso vale principalmente para aqueles mais exaltados que aproveitaram o natal, reveillon e, como quem não quer nada, colocaram o carnaval na rota contínua de folia. O problema é que agora não tem como enrolar, pois faltam quase 2 meses para o próximo feriado. 


Oh calendário generoso...