terça-feira, 31 de maio de 2011

Tramóias na AL começam a tomar novos rumos

Depois de alguns meses de escândalos, dinheiro escondido em casa, cestas básicas, tíquetes, casos amorosos e etc, o Ministério Público do Estado começou a fechar o círculo dos envolvidos nas fraudes milionárias, que saqueavam os cofres públicos para acalentar algumas contas bancárias "sortudas". Pelo visto, nem todo mundo vai ser indiciado, pois, caso fosse, não haveria cadeia para todo mundo. 

A mais nova notícia dá conta de que o promotor Nelson Medrado, um dos cabeças das investigações, será designado para apurar denúncias de desvios de verba na Câmara Municipal de Belém. Aquela onde se infiltrou o bando do prefeito.

Pode até parecer algo normal, mas quando se ouve dizer que as ordens para tal mudança sairam da caneta do novo Procurador Geral de Justiça, Antônio Barleta, aí é de se pensar com mais cuidado, pois o mesmo, como sabemos, tem parentesco com uma das investigadas do caso, que diga-se de passagem, ainda não foi julgada e nem indiciada, apenas prestou depoimento e aguarda pronunciamento do MP.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Por que é tão difícil cadastrar-se na Plataforma Lattes?

Quem aqui já tem um cadastro na Plataforma Lattes deve saber o quanto é complicado fazer o cadastro na mesma. Não sei o que acontece, mas o problema que venho percebendo é um tema recorrente para muitas pessoas interessadas em dar prosseguimento aos estudos acadêmicos: a divergência entre os dados apresentados pelo interessado e a Receita Federal, validadora do currículo.

Há 4 meses, quando decidi de fato criar o meu, resolvi esquecer os comentários que ouvia, sobre a plataforma ser bastante minunciosa e cansativa. Fiz o certo. Com o passar do tempo percebi o quanto é rápido criar um cadastro no sistema, basta ter toda sua produação acadêmica em mãos e absoluta certeza da sua área de atuação, isso para os que ainda sonham com o futuro acadêmico.

Depois de tudo terminado, chegou a hora de enviar o currículo pronto para conferir os dados junto à Receita Federal. Achava que essa seria a parte mais rápida, mas, infelizmente, é o que tem atrasado a minha vida e me deixado com sérias vontade de comenter assassinatos contra os funcionários do órgão que atenderam minhas várias ligações e nada resolveram.

Não sei o que acontece com o cadastro que a RF mantém, mas o fato é que na internet está cheio de pessoas acusando a Receita de apontar erro no cadastro de preenchimento, sendo que, por incrível que pareça, a maioria dos erro não acontece. Explico melhor.

Na minha situação, enviei todos os meus dados referente a nome, endereço, filiação e etc. Tudo correto. Visto e revisto várias vezes, mas a Receita Federal INSISTE em dizer que eu coloquei o nome da minha queridíssima mãe sem um complemento, mais precisamente um "do...", que liga um sobrenome ao outro. Seria até aceitável se esse erro não acontecesse com dezenas de pessoas na internet.

Fui na Receita Federal, depois me encaminhei, por orientação de lá, para os Correios, paguei a taxa de serviço e o atendente me garantiu que a correção foi executada online. Saí com a sensação de que erros acontecem e tudo voltaria ao normal, porém, depois de 3 dias, ao enviar novamente o cadastro, a bendita Receita aponta OUTRO erro e ainda no cadastro de filiação!!

Não sei o que acontece, mas esse serviço arcaico, falho e ineficiente, tem causado um enorme desconforto nas pessoas que tentam, de forma correta, prosseguir seus estudos. A Receita Federal poderia deixar a antiguidade de lado e assumir uma postura mais profissional para com os seus necessitados e passar a ofertar um serviço de qualidade, só assim, a péssima imagem do serviço público no Brasil, quem sabe, não fica menos ridicularizada...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia do Jornalista!

Parabéns aos amigos jornalistas. Apesar de ter um diploma e algumas experiências profisionais bem válidas, ainda não considero que vivo meu verdadeiro momento profissional. 

Parabenizo principalmente os colegas das diversas redações impressas da vida. Ali sim, é a verdadeira escola onde se aprende o ofício de informar o cidadão. 

Espero e torço que a profissão seja mais valorizada, mesmo sabendo que seria igual acreditar em Papai Noel e que os militares não torturaram ninguém...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Tempos de crise

O futebol paraense realmente não anda bem das pernas. Depois de ficar num empate de 0 com o Bahia, o Paysandu vai ter que rebolar para conseguir quebrar a praga de nunca ter passado para a segunda fase da Coa do Brasil. Até onde vai a fase ruim dos clubes locais? 

O Clube do Remo nem se fala! Tem que levar o segundo turno se quiser entrar na série D e levar a taça do Parazão para voltar ao torneio nacional que o rival disputa no momento. A maré não está boa. Pra completar, Belém ainda perde a Copa para Manaus...
Acho que estamos chegando ao limite de nossa maré de azar. O que será que ainda falta? 

Não sei, só sei que nesta sexta (01/04) o Iron Maiden vai desfilar os clássicos do Heavy Metal na nossa terrinha, finalmente!
E como este que ovos escreve estará presente, prometo fazer um relato digno de um fiel amante do rock.

Até lá!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Até onde vai a proteção e começa a invasão?

Dia desses, passeando pelo centro comercial de Belém, resolvi esticar até a matriz das lojas Yamada, o maior grupo varejista do norte. Como sempre faço, passei pelos diversos setores da loja e, quando bate a fome estico um pequeno lanche - muito bom, por sinal -. Assim que termino me dirijo ao toilette para fazer a devida limpeza das mãos e rosto. 

Para minha surpresa, ao me dar de frente com a parede  lateral, e posteriormente em todas, vejo um pequeno cartaz que pedia encarecidamente aos clientes para manter o local limpo e conservado, pois o uso deste seria de todos os clientes. O problema é que no final do pequeno texto, surge uma frase avisando delicadamente que "você está sendo observado", dentro de um banheiro!

Não sei até onde vai a legalidade de tal atitude. Não sei também se apenas é caracterizado crime quando câmeras registram o box, onde certamente a intimidade pessoal é ainda maior. Talvez seja permitido filmar os corredores de um banheiro para evitar vandalismo ou outras coisas, mas o fato é que para os mais desavisados, a exposição vexatória se torna inevitável e ridúcula.

Lembro bem de quando os jornais noticiaram, em meados de 2010, que uma escola no Rio de Janeiro foi processada pela mãe de aluna, que desconfiou da vigilância e descobriu o equipamento. O caso foi parar na justiça e a OAB repudiou a atitude, afirmando que a conduta era caracterizada como crime.

Enfim, não sabemos se este aviso significa dizer que ali tem uma câmera gravando tudo o que se passa, ou simplesmente é um espaço democrático - e ponha democrático,  onde os seus frequentadores gostam de olhar uns aos outros. Por via das dúvidas, prefiro esperar um pouco mais até chegar em casa.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Belém e seus shoppings

A capital paraense vem experimentando um crescente avanço imobiliário jamais visto por qualquer geração ainda viva. Salvo o período da Belle Époque - onde os Barões exibiam todo luxo e pompa que os lucros da borracha trouxeram, e Belém viu surgir os casarões e prédios luxuosos, tal como Teatro da Paz, Grande Hotel e os inúmeros palacetes particulares -, não há nenhuma outra época que se compare com a vivida hoje. 

O chamado "boom" imobiliário é uma tendência em todo Brasil. As novas políticas de habitação deram o impulso necessário e as construtoras entraram fundo nesse mercado, altamente lucrativo, que não tem data para encerrar. Mas até onde isso traz benefício para as partes? Bem, certamente os atores principais não querem pagar para ver.

Além do setor de moradias, os grandes grupos investidores viram em Belém outro mercado lucrativo: os Shoppings Centers. São centros de compras geralmente destinados à um grupo social de melhor poder aquisitivo, mas que ultimamente tem aberto as portas para qualquer cidadão disposto gastar um pouquinho mais. 

Há muito tempo o tradicional Comércio já não é mais o principal corredor de compras da cidade, justamente por conta dos investimentos que aliam conforto, praticidade e um certo grau de exclusividade. Quanto aos preços, depois de conquistar o cliente pela beleza, o valor não importa tanto.

Essa visão de mercado teve início em 1993, com a inauguração do primeiro shopping center de Belém: o Castanheira, controlado pelo Grupo Líder, administrador de dezenas de supermercados e reconhecido como o maior grupo supermercadista do norte. Menos de um mês depois, no dia 27 de outubro, foi inaugurado o shopping Iguatemi Belém, fruto de uma sociedade entre investidores locais e o grupo Iguatemi, do ex-Senador cearense Tasso Jereissati. 

Além de serem os pioneiros deste novo mercado, estavam localizados há quilômetros de distância. O primeiro surgiu na entrada da cidade, agregando público de Ananindeua e bairros mais distantes, enquanto o segundo estava no centro da cidade, na charmosa Batista Campos. Já são 18 anos de sucesso absoluto, algumas reformas e até mudança de nome, mas acima de tudo o lucro tem sido extraordinário.

Imediatamente a população aderiu à moda. Rapidamente os shoppings se tornaram centros de compras, locais de encontros, balcão de negócios e até mesmo ringue de lutas para os playboys da cidade, num movimento desenfreado sem previsão de fim. Quanto mais o tempo passava, mais investimentos eram feitos para agregar novos serviços e valores aos investidores e clientes. Durante anos os dois jogaram tranqüilos. 

Ao final da década de 90 surge um novo concorrente que aparentava vir para acirrar a concorrência: o Doca Boulevard. Localizado na avenida mais emergente da cidade, a Visconde de Souza Franco, "Doca", o novo shopping trouxe cinema e muitos bares, até então não explorados pelos dois mais antigos. Porém, infelizmente a novidade não agradou. Poucas lojas, área de compras inferior aos demais e a arquitetura um tanto "pobre" fizeram com que este não suportasse a briga, mesmo estando numa área nobre. 

Em 2009, o grupo Aliansce e a construtora paraense Status, inauguraram, na mesma área do "finado" Doca Boulevard, o moderno e chique Boulevard Shopping, uma área de compras luxuosa voltado para as classes A e B. Atualmente são três shoppings na cidade e Belém parece suportar mais, por esse motivo os investimento não param. 

Grandes empresas de fora negociam com grupos locais e vários projetos já estão prontos, faltando apenas detalhes. Atualmente Belém aguarda mais três lançamentos: shopping Bosque Belém, na Avenida Independência; Parque Shopping e o Montenegro Shopping, ambos localizados na rodovia Augusto Montenegro. Os três aproveitaram o crescimento da cidade e compraram áreas estratégias que até então eram carentes de centros comerciais de grande porte.

Esses novos empreendimentos primam pela nova tendência, que é aliar compras, negócios e moradia, tornando essas áreas praticamente bairros, como o Bosque Belém planeja. Se estes forem concluídos, Belém terá nada menos do que seis grandes shoppings, para uma população de quase dois milhões de habitantes e grandes desigualdades sociais. Será que não é exagero?

Só para concluir, também existem projetos para o shopping do Grupo Yamada e IT Center, isso para ficar na capital. Recentemente se especulou a construção de "maaais" um shopping na área da antiga Cata, na Cidade Velha, também pelo grupo Jereissati, mas aparentemente já abortado. Pode ser que eles sejam os únicos a enxergar o risco de muita oferta e pouca demanda, todavia, geralmente os perdedores nessas horas já são conhecidos...

terça-feira, 8 de março de 2011

Mais uma vez a maré dita as regras!

Quando a prefeitura vai olhar seriamente para o problema das áreas que alagam com qualquer chuva? Na última maré alta o bairro da Cidade Velha novamente foi por água abaixo, literalmente! Uma avenida larga e espaçosa que foi para o fundo com a força da maré, onde o lixo do canal se mistura com a água da chuva, expondo os moradores à doenças perigosas. Se continuar assim, ano que vem estaremos passeando de bote pelas ruas do bairro.

2011 começa agora!

Já é tradição. Nos acostumamos a relacionar os períodos do ano através de datas comemorativas, ou seja, é aquela velha história de que "olha, eu entro de férias perto do Círio", que sempre ouvimos ou falamos para lembrar de algum compromisso, seja ele relacionado ao trabalho ou a vadiagem.


Para a trizteza de muitos, o carnaval está acabando e é a hora de voltar à realidade. Isso vale principalmente para aqueles mais exaltados que aproveitaram o natal, reveillon e, como quem não quer nada, colocaram o carnaval na rota contínua de folia. O problema é que agora não tem como enrolar, pois faltam quase 2 meses para o próximo feriado. 


Oh calendário generoso...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Belém resgatando a folia

É isso ai, pessoas. Estou de volta com este humilde, porém, sincero blog (não estou chamando os humildes de mentirosos), e na volta dele não posso deixar de registrar a nossa época mais agitada; aquela que o brasileiro espera ansiosamente passar por todos os feriados já pensando na fuzaca; o período em que todo mundo pára de reclamar da lisura e corre para o comércio só pra ter o prazer de se vestir de mulher e vice-versa. Estamos falando sobre as batalhas etílicas interminaáveis que só se esgotam quando tudo vira cinzas. E é, somente a partir daí, que o ano de fato começa...


Aqui em Belém do Pará, que já teve o 3º melhor carnaval do Brasil, o que rola é uma mistura de folia com desconhecimento do que é folia. Sabem por que? Porque o nosso carnaval já foi tão bom, mas com o passar dos anos parece que as gestões municipais desaprenderam como se faz e comemora o período. As escolas de samba não possuem mais o mínimo prestígio de outrora. A Fumbel, organizaodora dos desfiles oficiais, vai contar com apenas 4 escolas no grupo especial (Bole Bole, Quem São Eles, Piratas da Batucada e Tradição Guamaense). Já o Rancho, escola tradicional do bairro do Jurunas, não quer nem papo. Motivo: discordância da política adotada pela entidade. Daí se tira como anda mal das pernas o nosso carnaval...


A salvação parece que veio dos blocos de rua. Como Belém perdeu a característica dos antigos bailes (Clube do Remo, Paysandu, Pará Clube, Grande Hotel, Monte Líbano e etc), juntamente ao descaso com as escolas, o que restaria? É óbvio que nada! Belém tinha perdido seu charme, perdido parte da sua história contada através dos ilutres personagens que cruzaram nossos salões do passado e que na memória registraram as glórias vividas pela sociedade belenense. Por muito pouco não ficamos com nada, e a prova disso todos conhecem: a fuga em massa para o interior do Estado, mas engana-se quem põe a cualpa no povo. Nós somos o público, e o público quer sempre o melhor.


Percebendo isso, de uns anos pra cá algumas figuras resolveram mudar as coisas. Belém voltou novamente a receber os animados blocos de rua com suas bandinhas tocando marchinhas. Apesar de nunca terem deixado de existir, eles receberam mais atenção, e como consequência as ruas se encheram novamente de alegria e diversão. A Cidade Velha, Pedreira, Jurunas, Umarizal, Icoaraci e outros locais voltaram a cantar com alegria. Portais da folia são espalhados em vários cantos para receber os brincantes. Os blocos disputam pra ver quem arrasta mais simpatizante e muitos outros fatores positivos, que aos poucos, voltam a dar cara de alegria à nossa Belém. Infelizmente os problemas estão estampados aos olhos, mas podem ser contornados perfeitamente e deixar a nossa verdadeira festa com a cara do povo.


Vamos ajudar o carnaval de Belém a voltar aos velhos tempos. Tempos de alegria, paz e diversão. Nossa folia nasceu muito antes de toda essa micaretada massante que castiga os verdadeiros amantes da boemia carnavalesca. A prefeitura aos poucos tem colaborado para a organização dos blocos, e isso facilita tanto a parte de quem dirige as agremiações quanto o público, que em contrapartida recebe mais segurança e comodidade. E pra terminar: usem camisinha. Muuuitas camisinhas...


Bom carnaval!